Em uma das listas que participo surgiu a questão do estímulo e do ensinar habilidades motoras para os pequenos, como virar, rolar. Chegaram ao consenso que não é preciso nada disso, que a própria imitação e desejo da criança a impulsiona a esses movimentos. Estimulada ou não, ela fará.
Depois, pensando mais sobre a questão, lembrei de quando Benjamin estava aprendendo a virar de bruços. Nem sempre ele conseguia, então nós o ajudávamos. E ele ficava muito feliz de ficar de bruços mesmo quando havia um empurrãozinho.
Meu marido aproveitava a felicidade do pequeno e ficava de bruços do lado também, imitando Benjamin e brincava com ele assim até enjoar. Um dia, no meio da brincadeira, Alex (meu marido), tentou mostrar para o nosso filho como se arrastar, ele mexia os braços e as pernas, sem sair do lugar. Benjamin ria muito, não tentava imitar, mas adorava. Ríamos todos, não pretendíamos que o pequeno se arrastasse, era um estímulo, um incentivo, mas a intenção principal era o riso, a diversão, o prazer de estar junto.
Lembrando dessa cena, percebi que sim houve estímulo, não sei se ajudou no desenvolvimento do pequeno para que hoje ele já se arraste, mas acredito que de alguma forma deve ter sim, nem que seja aumentando a felicidade do nosso Benjamin.
A questão é que não foi um exercício pensado, planejado, com hora marcada e aquela obrigação de tarefa, foi um momento gostoso em família. Foi um estímulo espontâneo, foi uma brincadeira, foi prazer.
E é assim que eu gostaria que fosse todos os aprendizados do nosso pequeno, cheio de risada e felicidade. Pelo prazer de se desenvolver, e não pela obrigação. Sem neuras se ele não fizer o que nós achamos que ele "deveria", porque o tempo é dele, a aprendizagem é dele, nós estamos aqui para apoiar, incentivar.
É assim que eu acredito que deva ser todo aprendizado, porque para aprender "quebrando a cara" já temos a vida como professora.
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