Uma iniciativa do grupo Maternidade Consciente |
Quando me vi grávida comecei a buscar pelo parto normal e conhecer outros jeitos de parir e de maternar foi um passo. Jeitos que muita gente crítica e olha torto (inclusive eu antes de gerar).
Dormir juntinho desde sempre e sem pressa de mudar, levar a cria sempre perto em um sling, amamentar sempre que desse vontade (no filho, né rs) e acima de tudo, muito, muito amor e carinho! Na verdade, dormir junto, usar sling e todos os outros tópicos são possibilidades e cada família funciona de um jeito. Mas o amor e o carinho, esses não podem e nem devem faltar;
Foi assim, passo por passo, que descobri um jeito de maternar que respeitasse a criança e as suas necessidades. Só depois de algum tempo descobri que isso tinha um nome: Criação com apego (Attachment Parenting).
Eu não sou uma profunda conhecedora da teoria, li um pouco aqui, um pouco ali e fui pegando o que fazia sentido para mim. Colo e peito em livre demanda, cama compartilhada, amor e muito respeito. Respeito na hora de dormir, na hora de acordar, na hora de comer.
Ai vem aquela pessoa dizendo: larga esse menino, deixa chorar um pouco, se pegar muito no colo vai ficar mal acostumado.
Benjamin ainda é muito novinho (7 meses!) e ainda adora um colo, mas já passa muito bem sem ele também. Fica uns bons minutos no colchão e no chão do quarto brincando e se arrastando. Fica bem na cadeirinha na mesa enquanto preparo a comida. E para o meu desespero, fica bem no colo de outras pessoas. rs... Ainda mais de uns tempos para cá que aprendeu a pedir colo, se joga e estica os bracinhos quando quer ir para outro colo. Também aprendeu a dizer não! Quando alguém convida ele para o colo vira o corpinho ou encolhe os bracinhos quando não quer mudar. E isso acontece até para mim.
Saber mostrar o que quer, quem quer, saber se entreter um sozinho e saber mostrar o que não quer. Para mim isso é muita independência para um menininho de 7 meses! Mais do que eu esperaria com essa idade, então, não meu filho não é mal acostumado. Ele é sim muito amado e sabe disso.
Nem toda criança criada com apego é assim, outras são mais independentes, outras menos. Vai muito da personalidade de cada uma, afinal, são seres únicos e maravilhosos. E temos de respeitar isso.
O que nos leva há outro ponto essencial da Criação com Apego, o respeito. Respeito pela criança como indivíduo único, pelo seu tempo, pelos seus sentimentos, pelas suas necessidades. Ninguém pede o que não precisa, se uma criança chora para ter colo, ela precisa disso.Você negaria abraço para um amigo triste? Eu não.
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