Benjamin nem chegou e já tem me feito aprender muita coisa, tem me feito ser mais ativa. A ir atrás do que eu preciso e do que eu quero, a ligar para as pessoas (odeio telefone, odeio resolver coisas pelo telefone), a parar de procrastinar.
Estranhamente, tenho aprendido duas coisas completamente distintas, que parecem quase se contradizerem.
A primeira é decidir algumas coisas sozinha. Desde antes de engravidar eu queria um parto humanizado, e quando me vi grávida comecei a procurar apoio nas pessoas a minha volta para ir atrás disso. Principalmente do meu namorado, queria que ele entendesse os porquês e comprasse a briga comigo. Mas ele não comprou, ele não entendeu. Logo após um encontro da Roda Bebedubem, disse que se fosse ele a parir, seria uma cesárea marcada, mas que era eu, a decisão tinha de ser minha, e que ele estaria lá para apoiar, fosse qual fosse a escolha. E eu percebi que ele estava certo, eu não podia tercerizar a decisão, fosse qual fosse tinha de ser minha. E isso tem se repetido em outras aspectos da gravidez e tenho quase certeza que será assim em algumas coisas na criação do Benjamin também. Não posso deixar que decidam por mim, preciso tomar as rédeas e parar de esperar que alguém faça isso.
A segunda coisa é que eu vou precisar da ajuda das pessoas. Pode parecer exatamente o oposto da primeira lição, mas não é assim que eu vejo. Esperar que alguém tome decisões por você ou junto com você para que se tornem válidas é diferente de aceitar ajuda ou até mesmo de pedir. E com um bebê, dois gatos e uma casa, com certeza eu não vou dar conta de tudo. Vou ter de saber pedir ajuda às vezes e dar espaço para que a ajuda venha.
E é assim, no meio de um monte de lições, que eu tenho esperado Benjamin.
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