terça-feira, 30 de agosto de 2011

Conseguimos uma casa!

Deu trabalho, foi cansativo, mas conseguimos! Achamos uma casa fofa em um lugar legal, que ainda por cima é perto da avó paterna do Benji e de uma tia minha que sempre deu uma força para gente. O preço não é assim tão legal, mas a gente vai dando nosso jeito...

Agora estamos em fase de mudança, ou seja, bagunça! Meu quarto na casa do meu pai tá parecendo campo de guerra, a casa nova também não está todo arrumada ainda. Mas aos pouquinhos tudo se ajeita...





sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Preocupação Materna*

*Ou O Cúmulo da Preocupação Materna

Estava eu sentada tranquilamente trabalhando, no mais tranquilo que trabalhar com dores nas costas e prazo estourando pode ser numa sexta-feira, e começa a festa do Benjamin. Porque não é possível que não seja uma festa que esteja acontecendo no meu ventre quando ele começa a se remexer desse jeito. Ele já deve reconhecer os dias da semana e adorar as sextas-feiras.
E enquanto essa festa interna (para qual, diga-se de passagem eu não fui convidada) rolava aqui, eu levava chutes, socos e cabeçadas nas paredes uterinas e via a barriga se remexendo toda, comecei a pensar que o filhote tava precisando de alguma coisa. E o que veio a cabeça num momento de paranóia materna e preocupação com a cria? "Será que ele tá querendo sair daqui?", um segundo de preocupação, penso melhor e rio de mim mesma. Ainda temos algumas semanas até ele querer sair mesmo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Meus bebês felinos e minha gravidez humana

Tem um preconceito contra os gatos que eu tenho que concordar: eles são muito sensíveis e percebem as alterações muito antes de nós mesmos. Acho que devem mesmo ver almas e espíritos também.

Digo isso porque os meus bebês felinos perceberam esse bebê humano aqui dentro antes de mim. Até meu pai percebeu a alteração na Katrina, a gata siamesa genérica e dengosa, e comentou que ela tava tão diferente, que se não fosse castrada ele ia dizer que tava no cio. Ela ficou muito mais carente que o normal e ficava miando pela casa do nada, uma escandalosa como os siameses (mesmo os genéricos) costumam ser. Eu já estava grávida quando aconteceu isso, mas ainda não sabia.

O Tolstói, o persa esnobe, demorou um pouco mais para mudar (macho, né? rs), mas a mudança foi ainda mais brusca. Meu bebê, que odiava colo e mesmo carinho era difícil dele deixar, se tornou a carência em forma de pêlo. Já faz uns meses que o bichinho vem pede colo, pede carinho, mia para chamar atenção (ele era super silencioso), se aconchega em mim e o mais fofo é quando ele dá um miado e se joga de barriga para cima pedindo carinho. Uma fofura!

E essa transformação toda, tanto da Katrina quanto do Tolstói, vieram super em boa hora, né? A grávida carente aqui agradece todo o carinho que eles me davam e pediam! rs

Mas não tem sido as mil maravilhas com os meus gatinhos, não. Não da parte deles, mas da minha mesmo. Agora, com 7 meses, não tenho conseguido dar atenção suficiente para eles. E nessa casa aqui eles ficam presos na varanda na maior parte do tempo, por motivos que não vem ao caso, e como não consigo prendê-los de volta sem fazer um enorme esforço (correr atrás deles, abaixar e pegar os 5k de cada um e devolver para parte fechada) está difícil soltá-los. E eu fico com o coração na mão por por tudo isso, não vejo a hora de mudar para casa nova (com o amor e o filhote ainda na barriga), onde eles vão ter toda liberdade (dentro de casa, rua não!) e poderão ficar com a gente sempre. Até lá, eu vou sofrendo com eles.

domingo, 21 de agosto de 2011

Alugando uma casa

Alugar uma casa. Como pode ser tão difícil?
Por aqui todo mundo só quer vender, o mercado do aluguel está em baixa. Bom, pelo menos do lado da oferta, porque da procura. Gente! Todo mundo decidiu alugar ao mesmo tempo que nós, detalhe, as mesmas casas!

Já era difícil encontrar uma casa na região e com o preço que a gente queria em duas ou três casas fizemos a proposta e antes mesmo da resposta a casa já tinha sido reservada/alugada. Inclusive em uma casa por qual nos apaixonamos. Em outras quatro era o tempo de ver a placa de locação ligar para imobiliária e ter a notícia: "ahh, essa acabou de ser alugada".

O resultado foi que o orçamento do aluguel começou em 500 reais e agora estamos aceitando até 700 e alguma coisinha.

Mas o complicado mesmo é essa busca que não dá em nada. Já temos tanta coisa para resolver que a questão da casa só torna tudo ainda mais difícil e na verdade, nem estamos conseguindo nos focar no resto dos problemas. E eu, que quero muito um parto domiciliar, fico aqui pensando que meu Benjamin além de não ter um cantinho para morar ainda também tá sem onde nascer.

Me pergunto se essa vida pós Benjamin será sempre assim, cada hora um turbilhão de preocupações e problemas, e eu não conseguindo me focar em nada. É isso que é iniciar uma família ou é só porque a gente não se planejou antes mesmo?
Depois da casa alugada, terão os móveis, pagar o aluguel, fazer compras e assim vai. Medo...


sábado, 20 de agosto de 2011

Vamos para a NOSSA casa

Quando soubemos da gravidez a pergunta que todos faziam era se íamos casar, se íamos morar juntos. A nossa resposta era sempre a mesma: não antes dele nascer. Ficaríamos em nossas casas (moramos com a família), depois decidiríamos, sabendo de como é cuidar de um bebê e do quanto isso pesaria no nosso orçamento. Alugar não era uma opção, porque sempre achamos que ao fazer isso só iríamos ficar mais longe da casa própria. Tudo muito pensadinho, bem racionalizado. Era esse nosso plano.

Mas, mais uma vez, o plano mudou. Por motivos diversos percebemos e decidimos há algumas semanas (do 6º para o 7º mês) que o melhor seria mesmo ter nosso canto, uma casa nossa. Cogitamos a opção de compra, mas fica difícil sem a entrada. Então, lá vamos nós para o aluguel.

Não deve ser tão difícil alugar uma casa, né? Pois é, isso fica para outro post.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Lista - Oswaldo Montenegro

Eu sou aficcionada por listas, talvez por consequência da mania de planejamento, mas listas me ajudam a me sentir fazendo alguma coisa, fazem com que me sinta mais organizada. Gosto de listar as coisas e depois ir riscando o que já está certo. Só o Benjamin já tem várias: marca de fralda de pano, marca de sling, enxoval, músicas para ouvir, músicas para o parto e tantas outras que nem me lembro mais.

E qual não foi minha surpresa ao ouvir Oswaldo Montenegro pelo Grooveshark (recomendadíssimos, tanto o músico quanto o player online) e achar a música A Lista? E ela não me chamou atenção só pela minha paixão por listas (ou seria obsessão?), mas porque tem tudo a ver com tudo que tenho vivido. A gravidez trouxe mudanças no meu corpo, na minha alma, no meu jeito de encarar o mundo...
Ainda não sei quais vieram para ficar e quais são apenas dos hormônios, mas essa música me fez parar para pensar ainda mais:

"Onde você ainda se reconhece
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?"



Para ouvir no Grooveshark: http://grooveshark.com/s/A+Lista/2CiZ7S?src=5



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Das lições de Benjamin

Benjamin nem chegou e já tem me feito aprender muita coisa, tem me feito ser mais ativa. A ir atrás do que eu preciso e do que eu quero, a ligar para as pessoas (odeio telefone, odeio resolver coisas pelo telefone), a parar de procrastinar.

Estranhamente, tenho aprendido duas coisas completamente distintas, que parecem quase se contradizerem.

A primeira é decidir algumas coisas sozinha. Desde antes de engravidar eu queria um parto humanizado, e quando me vi grávida comecei a procurar apoio nas pessoas a minha volta para ir atrás disso. Principalmente do meu namorado, queria que ele entendesse os porquês e comprasse a briga comigo. Mas ele não comprou, ele não entendeu. Logo após um encontro da Roda Bebedubem, disse que se fosse ele a parir, seria uma cesárea marcada, mas que era eu, a decisão tinha de ser minha, e que ele estaria lá para apoiar, fosse qual fosse a escolha. E eu percebi que ele estava certo, eu não podia tercerizar a decisão, fosse qual fosse tinha de ser minha. E isso tem se repetido em outras aspectos da gravidez e tenho quase certeza que será assim em algumas coisas na criação do Benjamin também. Não posso deixar que decidam por mim, preciso tomar as rédeas e parar de esperar que alguém faça isso.

A segunda coisa é que eu vou precisar da ajuda das pessoas. Pode parecer exatamente o oposto da primeira lição, mas não é assim que eu vejo. Esperar que alguém tome decisões por você ou junto com você para que se tornem válidas é diferente de aceitar ajuda ou até mesmo de pedir. E com um bebê, dois gatos e uma casa, com certeza eu não vou dar conta de tudo. Vou ter de saber pedir ajuda às vezes e dar espaço para que a ajuda venha.

E é assim, no meio de um monte de lições, que eu tenho esperado Benjamin.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Grávida e com gatos

Quando uma mulher com gatos engravida as pessoas costumam transformar os felinos fofinhos em demônios-transmissores-de-toxoplasmose-pelo-ar. Era só eu contar a novidade que a pergunta vinha "E o que você vai fazer com os gatos?".
Ora, o que eu vou fazer com eles? Continuar dando comida, água e muito carinho. Só vou parar de limpar a caixa de areia.
A maioria achava um absurdo porque tinha a toxoplasmose, os pelos que dizem causar alergia, o perigo de machucar o bebê e bla bla bla. Quando eu estava com boa vontade explicava sobre os riscos reais da toxoplasmose e lembrava o fato de os meus gatos não terem acesso a rua, serem vacinados e não caçarem (exceto os insetos aqui de casa). Tentava argumentar que bem antes de engravidar a veterinária já tinha me explicado os reais riscos de pegar a doença por gatos. Que o contato com gatos desde a barriga era até uma prevenção para alergias e tudo o que eu já pesquisei sobre o assunto.

Para quem ainda tem esse preconceito, o gato é sim um transmissor da toxoplasmose, mas o jeito mais difícil de pegar é com eles. Explico: não é todo gato que tem o vírus da toxoplasmose, que não faz mal nenhum para eles, por isso só é possível saber através de um exame de sangue. O vírus dessa doença procria no intestino do gato e é eliminado pelas fezes, apenas pelas fezes. Por isso, para pegar toxoplasmose através de gatos eu teria de comer as fezes deles, entendem? Ou limpar a caixa de areia sem usar pás, nem luvas, não lavar as mãos depois e levá-las a boca. Ou seja, só eu não tivesse um pingo de higiene. Também tem outro detalhe importante, a toxoplasmose nas fezes do gato só começa a ser transmissível por volta de três dias depois de evacuadas. Alguém demora três dias para limpar a caixa de areia?

Resumindo: para pegar toxoplasmose através de gatos eu precisaria não ter a mínima higiene nem comigo nem com os gatos. E nos primeiros meses, período em que a doença é mais prejudicial ao feto, eu tomei o dobro de cuidado além de passar a tarefa para o namorado e para minha mãe sempre que possível.

Engraçado que quando são cães a preocupação é só com ciumes e não fica aquela cobrança para jogar fora os bichinhos como se fossem lixo. Por isso que acho que é muito mais preconceito com gatos que qualquer outra coisa.

Para quem tem gatos e engravidou: não ouça o comentário das pessoas antes de procurar se informar, converse com o veterinário, pesquise, vale perguntar para o médico, mas a maioria não gosta de gatos e indica sempre o mais prático, livrar-se deles. Por isso cuidado com isso.
Se você gosta dos seus gatos lembre-se que eles também gostam muito de você e vão sentir sua falta. Eles fazem parte da sua família, você vai começar uma nova jogando a antiga fora?

Lembrando que a toxoplasmose é sim muito prejudicial ao feto e pode ser facilmente contraída através de carnes mal passadas ou verduras mal lavadas. Por que essas coisas podem não ter tido a higiene necessária e ter tido contato com fezes felinas antes de chegar na nossa mesa. Cuide-se!

Vou deixar minha experiência de grávida com gatos para outros post.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O que eu já sei...

Para entender esse post, leia o anterior: Mais uma mudança de planos?

Ontem liguei para enfermeira obstetra para tentar entender o que aquele monte de coisa (infecção, dilatação aos 7 meses) significava na minha gestação. Conversar com ela e entender bem melhor o que acontecia me tranquilizou muito. Vou usar os meus "Não sei" do post anterior para tentar esclarecer objetivamente o que eu já sei.

Não sei se isso tudo de hoje me "promove" do nível de "gestante de baixo risco" para "gestante de risco".
Não, não promove! Continuo na faixa das gestantes de baixo risco, só preciso me cuidar e repousar.

Não sei se ainda existe chance sonhar com parto domiciliar, se a cesárea pode se tornar uma necessidade real.
Não só existe a chance de sonhar, como continua sendo uma possibilidade bem concreta. A enfermeira me explicou que a dilatação é devido a infecção, que a cólica que senti deve ter gerado uma contração que ocasionou a dilatação, mas como não tive grandes contrações deve ser uma dilatação superficial, só no colo externo. Como a infecção é aparentemente leve dificilmente acarretará um parto prematuro, porque para isso, eu precisaria ter uma grande crise de rim/bexiga que ocasionaria em contrações mais fortes e poderia engrenar o parto.

Não sei se o Benjamin realmente precisava dessa bomba de drogas que deixei darem para ele hoje.
É, disso eu ainda não sei.

Não sei se é melhor inibir um trabalho de parto precoce com muitas drogas ou se é melhor deixar que ele e meu corpo decidam qual a melhor hora.
Como um parto prematuro só engrenaria em caso de crise forte, provavelmente isso nem será necessário. Mas se for, acho que a inibição é o melhor, já que não é uma escolha do meu filho ou do meu corpo, mas ocasionado por uma infecção. Mas isso é uma opinião pessoal.

Resumindo: É tratar a infecção e tudo ficará bem!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mais uma mudança de planos?

Esse post era para ser sobre o porque eu escolhi o parto domiciliar. Mas eu já não sei mais se ele será possível...

Foi um dia bem atípico e eu ainda estou tentando me refazer dele. Tentei dormir e consegui, por umas conturbadas 3 horas. Mas o sono sumiu e talvez escrever ajude a organizar os pensamentos e tomar as próximas decisões. Vamos lá, tentar refazer o dia.

Depois de 12 horas de jejum acordei as 6h30 para fazer a bateria de exames do terceiro trimestre. Lá vamos nós, fazer xixi no potinho e me preparar psicologicamente para arrancarem metade do meu sangue. Percebi que o xixi estava mais turvo do que o normal, mas nem sabia o que isso significava. Hoje foi dia do exame para diabetes gestacional, ou seja: vai lá, tira 4 ampolas de sangue (nem sabia que tinha tanto sangue dentro de mim), bebe suquinho com gosto de sprite sem gás e mais açucarado (quase gostoso), e fica 2 horas sentada (sentada mesmo, não pode levantar para nada) esperando para tirar mais um golinho de sangue.

Volto para casa, durmo um pouco, almoço e me preparo para voltar para o trabalho. Na preparação, depois do xixi, vi sangue no papel higiênico, um fio de sangue. Sangue é emergência, né? (A não ser que você esteja em idade fértil sem ter sido "fertilizada" e sem querer ser "fertilizada"). Fiquei mais preocupada porque tinha tido uma cólica no domingo com dores na lombar, que achei que era da dor de barriga do intestino preso, mas agora nem sei mais o que foi.

Liguei para o médico (com qual nunca consigo falar fora de consulta), a atendente não me deixou falar com a que dizem que é mais fácil lidar, o jeito foi falar com ela mesmo. Expliquei a situação, ela anotou tudo que eu falei e respondeu:

"Olha, o doutor instrui a gente a passar para gestante que se tem sangue tem que ir para o pronto socorro. Mas se é pouco, você pode esperar e ver se aumenta, eu anotei aqui e no FIM DO EXPEDIENTE eu passo para o doutor."

Fim do expediente? Era hora do almoço! Eu ia esperar até o fim do expediente para saber se o que eu tinha era uma emergência? Eu só não consigo descobrir se o problema é a atendente ou se é o médico mesmo. Mas essa é uma outra história...

Achei melhor ligar para uma das enfermeiras obstetra que acompanharia (não gosto de ver esse verbo conjugado dessa maneira, queria ter certeza que poderá ser acompanhará) meu parto domiciliar. Ela disse que por mais que fosse pouco era melhor ir sim, porque podia ser algo no útero, na placenta e me pediu para retornar depois dando notícias. Um pouco de informação decente e atenção, e mais uma vez a certeza que escolhi a equipe certa.

Bora para o pronto socorro, cheiro de hospital, muitas pessoas vestidas de branco, quase um pesadelo (dramática). Peguei a senha para gestante e esperei por uns 20 minutos, nada de me chamarem. Minha irmã que me acompanhou achou melhor ir perguntar para atendente se tava certo e tal, na mesma hora que o meu número apareceu no visor. Mas foi a resposta da atendente que eu não queria ouvir:

"Gestante com sangramento nem precisa passar por aqui, é direto na maternidade."

Era o tipo de frase que me mostrava que sim, era sério. O meu consolo é que eu não estava com sangramento assim, tinha sido um fio de sangue e não um fluxo, não sujava calcinha nem nada. E eu também não estava me sentindo mal.
Fui para maternidade, encontrei meu médico no caminho que estranhamente me perguntou o que eu estava fazendo ali. "Se sua atendente tivesse te contado, você saberia..." não respondi isso, não, lá eu tinha cabeça para sarcasmo? Contei, ele disse que outra médica ia me atender e lá fui fazer ficha e começar o exame.

Não gosto de exames no geral (alguém gosta?), mas os ginecológicos são os piores. Tira a roupa, abre a perna... sem preliminares! rs
Enfim, a doutora que me atendeu que no início parecia super antipática, disse que o sangue não era do útero, nem visível. Pediu exame de urina. Fez também o exame do toque, que me fez entender o desconforto que as pessoas tem com ele, exame maldito! Eu não sabia exatamente se ela deveria ter feito esse exame, em consultório eu sei que não precisaria, mas pela situação nem relutei. E até agora não sei se fiz certo ou não, só sei que deu um dedo de dilatação.

Um dedo de dilatação. Essa notícia me deixaria muito feliz, já quero muito um parto normal e um dos meus medos era não ter a tal dilatação. Mesmo sabendo que são poucas as mulheres que não tem a dita cuja tem o lance genético, e minha mãe diz que não teve no parto dos meus irmãos. Embora eu ache que foi algum problema com os médicos lá da época e enfim, voltando a hoje. Um dedo de dilatação seria ótimo daqui umas 7 semanas, mas eu estou com 31 semanas! E eu nem sei bem o que isso significa ainda.

Pela dilatação ela passou também um exame para ver a vitalidade do bebê e possíveis contrações. Além de duas bolsas de soro, uma pura e outra com buscopan. Foi quase como repor o sangue que me tiraram de manhã. Cinco horas no hospital, tomando soro, fazendo exame e tomando chazinho massa que as enfermeiras me levaram.

Resumindo as cinco horas. O sangue era da urina, que também indicou uma infecção e provavelmente alguma pedra no rim. Antibióticos para a infecção (drogas para o meu bebê =[ ). O exame mostrou que meu bebê tá bem (o que eu não tinha dúvidas, porque o bichim mexe que é uma maravilha rsrs) e uma leve contração, mesmo com metade do soro de buscopan injetado (o que não sei se faz alguma diferença). Injeção de corticóides para amadurecer (drogas pesadas para o meu bebê), remédio para inibir possíveis contrações se elas aparecerem e repouso. Ah, e também adiantar a consulta com o médico, que eu ainda não sei nem se vou conseguir. Devia ter pedido receita de um novo médico também.

Tive a sorte de ser atendida por uma enfermeira super atenciosa e com um nome lindo, Ester. Estrela. Hebraico como do meu bebê. Até achei que Ester tinha alguma relação com Benjamin na Bíblia, mas como meus conhecimentos bíblicos são poucos, não tenho certeza e acho que estou confundindo. A médica, que no início parecia antipática, acabou sendo super atenciosa e tentando me explicar tudo que tava acontecendo. Diminuiu um pouco minha fobia de jalecos brancos.

Mas agora me sinto perdida, até então eu tinha lido muito sobre tudo de partos e tal. Mas não sobre uma possível dilatação a essa altura do campeonato. Tudo que li sobre ser ativa e tomar decisões para mim e para o meu filho se dissipou hoje, tomei drogas (buscopan e corticóides) que não sei o Benjamin realmente precisava. Eu não tinha nenhuma informação necessária para concordar ou discordar da médica, só tinha um medo enorme do meu bebê chegar antes da hora, um medo enorme que ele não chegasse bem. Eu só aceitei tudo. Esse medo ainda tá aqui e eu me lembrei do sonho do post anterior.

Não sei se isso tudo de hoje me "promove" do nível de "gestante de baixo risco" para "gestante de risco". Não sei se ainda existe chance sonhar com parto domiciliar, se a cesárea pode se tornar uma necessidade real. Não sei se o Benjamin realmente precisava dessa bomba de drogas que deixei darem para ele hoje. Não sei se é melhor inibir um trabalho de parto precoce com muitas drogas ou se é melhor deixar que ele e meu corpo decidam qual a melhor hora. Não sei se é a infecção que está acelerando o processo.

Hoje, é isso que ficou para mim, um grande não sei que nem imagino como solucionar.

PS: Ah, a médica também receitou buscopan em caso de contrações/cólicas. Mas eu nem sei como é uma contração. Perguntei para as enfermeiras e todas disseram a mesma coisa "Quando você tiver, você vai saber".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu e 2011

Comecei 2011 com vários planos, era um ano praticamente traçado.

Me formei publicitária em 2010, nos primeiros meses iria me preocupar com a colação e com o baile de gala. Como emendei o Ensino Médio com a faculdade queria ficar um pouco longe dos estudos acadêmicos, e por isso iria apenas fazer um cursinho de inglês, pensar em alguns artigos acadêmicos e me preparar para um possível mestrado em 2012.

Também ia me preocupar com o meu lado espiritual, voltar para ioga, estudar mais sobre os deuses que honro e principalmente, fazer um trabalho de auto conhecimento voltado para meu lado emocional. Aliás, esse era minha meta para 2011: encontrar meu lado emocional, me ligar a minha intuição feminina, me permitir sentir mais.

Eu sou assim, gosto de planejar, de traçar o que vou fazer. Na verdade, gosto mais de planejar do que fazer de fato. Para quem acredita em astrologia eu explico dizendo que sou virginiana. Para quem não acredita, eu sou assim e ponto.

Mas a menstruação não veio. Grande coisa, não seria a primeira vez. Mas ela andava tão certinha, vinha sempre na Lua Nova, às vezes até a hora da virada da lua batia com o sangue descendo e eu me orgulhava disso. Ora, mas uns dias de atraso não significam nada, né?

"Amor, vamos comprar o teste de farmácia só para ter certeza?" "Tá, é melhor do que ficar só esperando"

Compra, decide se é melhor esperar o outro dia, não aguenta, faz de noite mesmo. Duas linhas rosas.

"Acho que vamos ser pais, mas lê a bula, vê se eu fiz certo, vê se é isso mesmo. Teste de farmácia falha, né? Não é confiável. Amanhã a gente faz o de sangue."

Preocupação. Faz o de sangue. Mais um positivo. "É, vamos ser pais. Mas ainda pode ser outra coisa. Sei lá.".

Certeza mesmo, só depois do primeiro ultrassom. Pelo tempo de gravidez, esperávamos um ser sem forma, uma "semente", mas não, era um bebê mesmo. E meu mundo se resumiu aquela telinha na penumbra da sala de ultrassom. Todo formadinho, tinha dedinhos!

É, nós seríamos pais. É, eu ia ser mãe. E tinha jeito melhor de encontrar o lado emocional, de encontrar a intuição feminina do que sendo mãe? De certa forma, a gravidez não planejada fez parte dos meus planos. E talvez, não fazer mais planos ou aprender a lidar com o inesperado seja a primeira lição que o Benjamin decidiu me ensinar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dos sonhos estranhos da gravidez

Já tive alguns sonhos estranhos na minha gravidez, mas normalmente os sonhos se focavam na amamentação. Essa noite foi com o parto e foi, de longe, o mais louco de todos. Daqueles que a gente precisa contar para alguém.

Eu estava na casa do meu tio, e por algum motivo ele queria que eu tivesse meu bebê logo. Depois, sozinha na mesma casa, acabei forçando o parto e tive um bebê. Mas não era meu filho, era minha gata! A Katrina (uma siamesa falsa linda que eu amo rs).
Percebi que tinha algo errado (Jura? Eu tinha acabado de parir um gato!), mas no sonho o problema era mais eu ter parido antes da hora e porque alguém pediu do que o 'ser parido'. Olhei para minha barriga e ela já estava normal, então pensei em colocar a Katrina de volta na barriga, mas as unhas dela iam me machucar toda por dentro. Tinha a sensação de que tinha feito algo errado, e que alguém ia brigar comigo.
Pensava também no enxoval, que tinha se tornado inútil já que não tinha um bebê, só uma gata adulta.

Achei o post Sonhos durante a gravidez, o que eles dizem?, mas ele se foca mais no animal parido/amamentado e eu acho que o meu era mais esse sentimento de culpa por ter parido antes da hora e por que outra pessoa pediu. Sei lá, nunca fui boa em interpretar meus sonhos. Minha única certeza é que está completamente ligado ao fato de eu ter tido um encontro com a equipe que fará meu parto, mas isso é meio óbvio, né? rs

Aceito interpretações!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Benjamin

Benjamin vem do hebraico e o significado mais recorrente (não confio muito nesses sites de nomes) é Filho da Felicidade. Alguns dizem que Filho da Minha Mão Direita.

Em algum lugar li que a história do nome é mais ou menos essa: Raquel, a esposa preferida de Jacó (é, o da Bíblia) e a menos fértil, só conseguiu lhe dar dois filhos (só?). No parto do segundo, ela morreu, mas teve tempo de escolher o nome do menino que nasceu: Benoni, o Filho da Minha Dor. Mas Benoni foi o filho que mais felicidades trouxe a Jacó e por isso ele mudou seu nome para o Filho da Felicidade, Benjamin.

É um nome hebraico, é um nome bíblico. E foi o nome que escolhemos para o nosso bebê.

Benjamin ainda não chegou completamente ao mundo, ainda está crescendo e vivendo dentro do meu ventre. E mesmo assim já tem mudado muita coisa.

Não sei o quanto mudei nesses 7 meses de gestação, não sei o quanto são os hormônios que mudaram por mim. Só sei que há uma vida antes de Benjamin e uma vida depois. E se blogs e palavras marcaram grande parte das minhas fases, a mais importante não poderia ficar sem um blog só dela.