terça-feira, 13 de setembro de 2011

Benjamin está chegando...

Não, eu não estou em trabalho de parto. Ainda bem, por que estou apenas com 36 semanas e tenho muitas coisas para arrumar para chegada dele. Mas foi nessa semana que eu tomei consciência de que ele está vindo mesmo, que logo terei um bebê nos braços, e também foi quando o medo, as inseguranças e as incertezas deram lugar a felicidade e a ansiedade por ele.

Sei que parece estranho, mas eu demorei para tomar consciência de estar grávida. Foi com uns 4/5 meses que senti a gravidez como real, antes era como um sonho ou uma loucura. Até pouco tempo atrás tive medo que levasse mais ou menos o mesmo tempo para perceber que o bebê que logo estará em meus braços era meu filho, que demorasse para sentir aquele amor que envolve a gente que a maioria das mães fala. Sendo mais objetiva, senti medo de rejeitar a cria, não me sentir mãe, ter depressão pós-parto...

Porque eu sou assim, tem um delay entre o "saber algo" e "tomar consciência". Eu demoro um pouco para me tocar de que algo é real. Foi assim que o início da faculdade e com o final dela, com o começo do namoro (com os términos no meio)... enfim, com tudo.

Até então eu pensava no parto com carinho, me preparava para ele (ainda me preparo), eu gostava de pensar na gravidez e no trabalho de parto. Mas parava ai, não conseguia me ver com um recém-nascido nos braços, um serzinho que dependia exclusivamente de mim e do meu corpo. Eu não me sentia preparada para o pós-parto. Eu pensava muito no Benjamin mas, ou era nele aqui agora, dentro da barriga quentinha, ou mais tarde, já com alguns meses ou anos. Havia uma lacuna entre a gravidez e essa fase, uma lacuna que só agora tem se preenchido.

Eu tinha muito medo de não dar conta de cuidar dele nos primeiros meses, de não conseguir me doar o necessário, de não amá-lo o suficiente (ainda tenho). Nunca neguei nenhum desses medos, do mesmo jeito que tentei aceitar todas as inseguranças da gravidez. E acho que foi aceitar que a gravidez não é um comercial de margarina que me tem me ajudado a aproveitar melhor as partes boas e a me sentir mais forte e preparada. Estou tentando respeitar meu próprio tempo e não forçando as coisas. Acho que tem funcionado...

3 comentários:

Carol disse...

Antes da Aurora nascer, eu sabia que amava aquele serzinho porque era minha filha. E filho a gente ama e pronto. Mas no momento em que ela chegou, mudou tudo. Meu amor tomou forma, ela estava ali, com o jeitinho dela, e eu amava a Aurora.
Acho que se eu e vc sentimos essas dúvidas, meio mundo deve sentir também... E preocupar-se se vai ser uma boa mãe já mostra que vai sim. =)

Curta MUITO as últimas semanas de barriga!! (Ai, que saudade!)

Rô Rezende disse...

Carol, é isso que eu penso quando vem alguma dessas dúvidas, que eu devo ser a única louca rsrs...

Ainn, pior que já to começando a sentir saudade da barriga, mas dai eu penso que vou poder dormir de bruços e não me preocupar mais com os movimentos (noção de espaço zero, se eu não tomar cuidado bato a barriga rsrs).

Anônimo disse...

Roberta, também tenho um Benjamin, já com 4 meses. É a melhor coisa que já aconteceu em minha vida!
Desejo tudo de bom pra ti, que teu parto seja como sonhaste e que tenhas muito leite.

Grande beijo,
Aline
http://maternandoben.blogspot.com/